¹Jhonny Santos
RESUMO
Procuramos, ao longo desse estudo, resgatar um pouco da história de formação do centro de educação e cultura do trabalhador rural do Maranhão – centru/ma. Com isso, trouxemos dois momentos bastante sintéticos, o primeiro faz alusão à luta pela organicidade dos trabalhadores rurais sem terra do Maranhão pela conquista da terra e num segundo momento, levanta-se os desafios organizacionais que o centru terá de enfrentar se realmente pretende viabilizar, econômico, social e ambientalmente esse espaço que mistura: cerrado, Amazônia e sonhos que é o CETRAL.
Palavras-chave: CENTRU/MA. CETRAL. Viabilidade. Organização.
INTRODUÇÃO
A partir da missão do CENTRU/MA, “Contribuir na construção de um novo modelo de desenvolvimento, sustentável e solidário, através da EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO e ASSESSORIA TÉCNICA e JURÍDICA aos trabalhadores e trabalhadoras agroextrativistas, com ênfase em metodologias participativas, em relações eqüitativas de gênero, gerações e etnias, na participação ativa, crítica e propositiva na área das políticas públicas e na conservação da humanidade e seu meio ambiente”, é que o CETRAL foi pensado e adquirido como um bem de seus sócio-educadores.
Numa breve apresentação, procuraremos expor algumas dificuldades enfrentadas pelos seus idealizadores. Ressaltamos também a importância de um estudo de viabilidade econômica e ambiental para o CETRAL, porém, uma das dificuldades encontradas nesse processo foi reunir esses sócio-educadores dispersos tanto por quilômetros quanto por objetividade institucional.
Os sócio-educadores do CENTRU/MA localizam-se nos mais variados municípios da região sul e oeste. Dentre eles os que estão mais próximos da instituição são vistos numa variabilidade de dias ou meses.
A organização da sociedade civil se dá pela formação de organizações sociais – associações, sindicatos, cooperativas – que surgem, em um primeiro momento, para resistir aos processos de mudanças implementadas, caracterizadas por impacto ambiental, desestruturação da lógica produtiva tradicional e reordenação social. (VASCONCELLOS e SOBRINHO, 2007, p.14).
Discorremos no estudo que as tentativas de viabilizar econômica e ambientalmente o CETRAL são um esforço que vem com os técnicos e sócio-educadores que passaram pelo CENTRU-MA.
HISTÓRICO
Em uma assembléia no dia 9 de novembro de 1980 no município de Olinda no Pernambuco diversos trabalhadores (as) rurais fundam o que eles denominaram de CENTRU (Centro de Educação e Cultura do Maranhão). O grande objetivo do grupo era o processo de formação e capacitação dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, uma educação classista.
No início da construção do CENTRU no Maranhão, novembro de 1984, o cenário era de conflitos agrários entre grileiros e sem terras. Nesse processo o líder campesino, Manoel da Conceição, visualiza que, somente um processo de formação e educação-organizacional dos trabalhadores rurais poderia gerar o que ele chamava de auto-empoderamento da classe trabalhadora. Os eixos temáticos do processo educacional do CENTRU seguiam numa linha marxista-maoísta, influenciada pela visita de Manoel da Conceição à China, vejamos:
1. Movimento Sindical Combativo e numa permanente concepção de luta de classe;
2. Mobilização, organização e luta pela Terra;
3. Intervenções nos espaços institucionais (partidos, sindicatos, poderes públicos – municipal, estadual e federal).
Com a conquista da terra e a tomada dos sindicatos das “mãos dos pelegos”, o CENTRU parte para a organização da produção, novo gargalo que será enfrentado pelos sócio-dirigentes.
A partir dos anos 90, o CENTRU-MA se concentrou em viabilizar sua intervenção nas áreas da educação e assessoria, nos eixos prioritários:
1. Organização da produção agroextrativistas (multiplicação de GPB´s) – Produção Diversificada;
2. Criação das Cooperativas Agroextrativistas e da CCAMA (Central de Cooperativas Agroextrativistas do Maranhão);
3. Desenvolvimento Local Sustentável e Cadeia de Produção Agroextrativista (Produção Primária, Agroindústria e Comercialização Solidária);
4. Assessoria e Assistência Técnica as Organização dos Agricultores (as) Familiares (Famílias – Associações – Cooperativas – CCAMA – UNICAFES).
Como bem esclarece um dos sócio-educadores do CENTRU, podemos visualizar um pouco de como era o processo de formação e suas linhas temáticas,
(...) ai vem todo o estudo da questão de como é que acontece essa luta aí do patrão do empregado, a exploração que tem nessa questão, nessa relação de patrão e empregado e essa coisa e foi que ajudou muito a gente ver o cooperativismo como alternativa para os trabalhadores, me lembro dos estudos que a gente fazia naquele tempo onde fica claro assim, na época chamada de mais-valia, era mostrar o quanto que o trabalhador que é empregado produz na empresa seja ela qual for e a fração que é tirada para pagar o seu salário e o quanto ainda fica para o dono da empresa aumentar seus investimentos, seus lucros e crescer seu patrimônio cada dia essa foi uma coisa que sensibilizou os trabalhadores a criar as cooperativas. (Sr. MILTON, entrevista concedida em 14 de novembro de 2008).
As cooperativas são criadas a partir dos GPB´s (Grupos de Produção de Base), porém o processo não se concretizou como idealizado. Muitos dos trabalhadores que conquistaram a terra venderam-na.
Os 174 GPB´s, agora cooperativas, não conseguiram visualizar as propostas de cooperativismo agroextrativista ensinado pelo CENTRU. É nesse contexto de organização da produção e educação que surge, em 1996, o CETRAL.
Diante do exposto, o processo de luta dos trabalhadores rurais ligados diretamente ou indiretamente ao CENTRU nos remete à idéia de CENTRU como movimento social que,
(...) não apenas dependem e se baseiam em redes da vida cotidiana, mas também constroem e configuram novos vínculos interpessoais, interorganizacionais e político-culturais com outros movimentos, bem como com uma multiplicidade de atores e espaços culturais e institucionais. (ALVAREZ, DAGNINO e ESCOBAR, p.35).
Os descompassos e representações que o CENTRU-MA conseguiu produzir no consciente e por que não no subconsciente tanto dos trabalhadores quanto dos grileiros fez com que várias páginas já escritas pudessem ser redesenhadas, além de nos mostrar que o pensamento hegemônico nos acompanhou até pouco tempo e quiçá ainda por um pouco mais.
O CETRAL
Localizado no município de João Lisboa, oeste do Maranhão à margem da MA 122, no povoado Pé de Galinha, o Centro de Estudos do Trabalhador Rural – CETRAL – que antes não passava de uma área de
Para que os trabalhadores pudessem visualizar o cooperativismo agroextrativista, seria necessário que houvesse um modelo demonstrativo, o certo então seria, fazer do CETRAL, área agora do CENTRU-MA, o espaço demonstrativo que não causasse danos ao meio ambiente e que garantisse trabalho e renda dentro dos princípios agroextrativistas.
Como a área estava bastante degradada, desgastada e “envenenada”, preciso seria que se limpasse e restaurasse o espaço. Depois de muitas toneladas de adubos orgânicos, Manoel refloresta toda a área com uma diversidade de árvores e frutos do cerrado e Amazônia maranhense.
Hoje, com mais de 14 anos, o CETRAL é o espaço onde funciona a Escola Técnica Agroextrativista (ETA) chamada nos anos 90 de escola Padre Josimo Tavares, rigoroso defensor dos trabalhadores sem terras e que por isso acabou se tornando vitima dos grileiros nos tempos dos conflitos agrários intensos.
O CETRAL é hoje uma prova de que a terra não surgiu só para o capim, outras plantas e árvores também têm direito de nascer, essa diversidade é representada pelo açaí, jaca, cupuaçu, araçá-boi, taturuba, além de madeiras de lei como cedro, mogno, paricá, angico branco etc. O CETRAL também prova que, além do boi, existem outras diversas formas de vida que precisam se alimentar e dar continuidade ao ciclo de vida natural das espécies.
Contudo, nem tudo são flores, o CENTRU-MA ainda não conseguiu fazer com que, toda a riqueza do CETRAL possa continuar sendo contemplada, admirada e que gere capital suficiente para se auto-sustentar e ainda garanta uma renda extra para outras atividades do CENTRU-MA.
“Nesses últimos 20 anos, essa tem sido minha angústia”, segundo Manoel.
Diante do exposto alguns questionamentos são imprescindíveis:
O que significa desenvolvimento?
O que significa sustentabilidade?
É possível construir uma alternativa de trabalho e geração de renda sem causar danos ao meio ambiente. Se sim, porque tem sido tão difícil para o CENTRU-MA vencer esse desafio?
Será possível construir um estudo de viabilidade sócio-econômica e ambiental para o CETRAL, diante dos estudos e tentativas realizadas?
Sendo assim, a saga continua... está lançado o desafio, fazer do CETRAL uma área modelo gerando renda, com formação e educação como um halo do agroextrativismo.
Costa (1995), ao analisar o segmento agroextrativista e suas formas de apresentação e reapresentação na sociedade amazônica, conclui que “o agroextrativismo é extremamente importante para a maioria dos municípios localizados na região, sobretudo se considerado o número de pessoas envolvidas nas atividades agrícolas, pecuária e extrativista”.
Ainda este ano o CETRAL funcionou como escola a partir de um projeto financiado pela Petrobrás. Com mais de 100 alunos, a escola funcionou de forma modular com quatro turmas, sendo que ao final, ficaram três. Nesse período, observamos que:
· A escola formou e informou os alunos quanto à produção de doces, geléias e licores;
· A escola também fomentou a agroecologia, com cultivo de hortaliças;
· O associativismo e cooperativismo também obtiveram espaço na escola;
· A economia solidária, a arte campesina, a gestão da unidade familiar.
· Ao final do terceiro e último modulo, foi realizada uma prática de comercialização com o que foi produzido na escola. Nas três turmas foram comercializados, na feira do município de João Lisboa, pelos próprios alunos, sob orientação dos facilitadores, licores, geléias, hortaliças e doces.
Percebemos uma boa aceitação do produto e que ao longo das três visitas à feira, houve um gradativo aumento nas vendas.
Com isso ratificamos o que coloca Costa (xxxx, p. 2) “para vender a produção em coletivo, a associação ou a cooperativa precisa ter uma idéia do montante de sua produção
O ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA E AMBIENTAL
Segundo Kraychete (1997), o estudo de viabilidade é a análise detalhada, que tem dois objetivos básicos:
- Identificar e fortalecer as condições necessárias para o nosso projeto dar certo e
- Identificar e tentar neutralizar os fatores que podem dificultar as possibilidades de êxito do nosso projeto.
Seguindo esses passos, encontramos algumas potencialidades, primeiro a estrutura que o CETRAL possui já nos garante condições reais de se começar o processo de produção. Outra potencialidade é o público, o CENTRU-MA trabalha com 10 municípios da região sul e oeste, 100 alunos participaram do processo educacional oferecido pela Escola Técnica Agroextrativista.
No quesito dificuldades, identificamos alguns vícios estabelecidos entre o CENTRU-MA e os alunos. Identificamos que, a escola não exige uma contrapartida do aluno. Transporte, hospedagem, alimentação, matéria-prima para produção e outras despesas e custos são de total responsabilidade da instituição financiadora. Caso não haja este financiamento completo a escola para todas as suas atividades e o CETRAL é novamente esquecido ou abandonado.
Definir uma quantidade x de alunos que estariam diretamente ligados ao processo de aprendizagem envolvendo educação e produção para que juntos construíssem essa autosustentabilidade do CETRAL.
Com um público formado, poderíamos dar inicio a um estudo de viabilidade econômica, ambiental e educacional voltado para as especificidades da região e do CETRAL. Fomentar um cooperativismo nos princípios de uma economia solidária que resgate e caracterize a cultura local.
Talvez, a maior dificuldade que o CENTRU-MA vem enfrentando no processo de viabilizar econômica e ambientalmente o CETRAL seja a compreensão de alguns sócio-educadores e assessores da importância que esse estudo tem rumo à realização dos objetivos e missão do CENTRU-MA.
QUADROS DO ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA DO CETRAL
O processo de discussão sobre a viabilidade econômica, social e ambiental do CETRAL levanta-se diante de dois desafios: um teórico-científico e outro prático. O que se segue, não representa o novo, muito menos uma verdade absoluta, os estudos e levantamentos realizados durante esse trabalho é fruto de uma perseverança que não se resume apenas nesse trabalho.
O que propomos e demonstramos é a possibilidade de se repensar, através da “critica e autocrítica” que se faz necessário dentro de qualquer “processo revolucionário” como reclama Manoel Conceição e, porque não acrescermos desenvolvimento organizacional do CETRAL enquanto espaço educativo e de demonstrativo agroextrativista.
O trabalho aqui, explanado, nos remete a darmos continuidade na discussão da sustentação da escola e de um número significativo de alunos que se auto-sustentariam no período escolar.
1. INVESTIMENTO
Itens | Quantidade | Valor Unitário | Valor Total |
Tacho esmaltado | 3 | R$ 43,50 | R$ 130,50 |
Fogão industrial 3 bocas | 1 | R$ 699,60 | R$ 699,60 |
Vasilha plástica c/ medida | 2 | R$ 2,20 | R$ 4,40 |
Colher de madeira | 3 | R$ 4,50 | R$ 13,50 |
Bandeja plástica | 4 | R$ 12,50 | R$ 50,00 |
Garfo bi dente pequeno | 6 | R$ 3,80 | R$ 22,80 |
Concha alumínio nº. 10 | 2 | R$ 11,50 | R$ 23,00 |
Peneira arame | 2 | R$ 9,20 | R$ 18,40 |
Congelador 385l | 1 | R$ 1.532,70 | R$ 1.532,70 |
Flanela | 4 | R$ 1,00 | R$ 4,00 |
Avental | 21 | R$ 2,97 | R$ 62,37 |
Luva (par) | 21 | R$ 4,50 | R$ 94,50 |
Toucas | 21 | R$ 1,00 | R$ 21,00 |
Liquidificador ind. | 1 | R$ 583,70 | R$ 583,70 |
Mesa de inox | 1 | R$ 1.200,00 | R$ 1.200,00 |
Balança eletrônica | 1 | R$ 770,00 | R$ 770,00 |
Espátula | 2 | R$ 15,00 | R$ 30,00 |
| | | R$ - |
| | SUBTOTAL | R$ 5.260,47 |
Outros | 10% | | R$ 526,05 |
| | TOTAL | R$ 5.786,52 |
2. DEPRECIAÇÃO
Itens | Quantidade | Valor Unitário | Vida Útil | Valor Residual | Depreciação Anual | Depreciação Mensal | |
Tacho esmaltado | 3 | R$ 43,50 | 5 | R$ 10,00 | R$ 20,10 | R$ 1,68 | |
Fogão industrial 3 bocas | 1 | R$ 699,60 | 5 | R$ 100,00 | R$ 119,92 | R$ 9,99 | |
Vasilha plástica c/ medida | 2 | R$ 2,20 | 1 | | R$ 4,40 | R$ 0,37 | |
Colher de madeira | 3 | R 4,50 | 2 | | R$ 6,75 | R$ 0,56 | |
Bandeja plástica | 4 | R$ 12,50 | 1 | | R$ 50,00 | R$ 4,17 | |
Garfo bi dente pequeno | 6 | R$ 3,80 | 2 | | R$ 11,40 | R$ 0,95 | |
Concha alumínio nº. 10 | 2 | R$ 11,50 | 5 | R$ 1,00 | R$ 4,20 | R$ 0,35 | |
Peneira arame | 2 | R$ 9,20 | 2 | R$ 1,00 | R$ 8,20 | R$ 0,68 | |
Congelador 385l | 1 | R$ 1.532,70 | 10 | R$ 500,00 | R$ 103,27 | R$ 8,61 | |
Flanela | 4 | R$ 1,00 | 1 | | R$ 4,00 | R$ 0,33 | |
Avental | 21 | R$ 2,97 | 1 | | R$ 62,37 | R$ 5,20 | |
Luva (par) | 21 | R$ 4,50 | 0 | | | | |
Toucas | 21 | R$ 1,00 | 0 | | | | |
Liquidificador ind. | 1 | R$ 583,70 | 10 | R$ 100,00 | R$ 48,37 | R$ 4,03 | |
Mesa de inox | 1 | R$ 1.200,00 | 20 | R$ 500,00 | R$ 35,00 | R$ 2,92 | |
Balança eletrônica | 1 | R$ 770,00 | 10 | R$ 200,00 | R$ 57,00 | R$ 4,75 | |
Espátula | 2 | R$ 15,00 | | R$ 1,00 | | | |
Total | | | | | R$ 534,98 | R$ 44,58 | |
3. CUSTO FIXO
Itens | | Valor |
Depreciação mensal | | R$ 44,58 |
Telefone | | R$ 200,00 |
Água | | R$ 300,00 |
Energia | | R$ 400,00 |
Salários | | R$ 4.000,00 |
Manutenção | | R$ 50,00 |
Depreciação Mensal | | R$ 44,58 |
| | |
| TOTAL | R$ 4994,58 |
4. CUSTO VARIÁVEL
4.1 Custo Variável (geléia de juçara)
Item | | Quant. Unid. | Preço Unit. | Total | |
| | | | | |
Açúcar | | | R$ 1,75 | R$ 3,5 | |
Polpa de juçara | | | R$ 6,00 | R$ 18,00 | |
Embalagem | | 7 und. | R$ 0,14 | R$ 0,98 | |
Gás | | | R$ 2,69 | R$ 0,19 | |
| | | | | |
Subtotal R$ 22,67 | |||||
Perdas | 10% | ||||
Total R$ 24,94 | |||||
Custo total da produção R$ 24,94 | |||||
Quantidade produzida de doce | |||||
4.1.1 Custo proporcional ao preço
Item | | Preço |
Preço de venda | | R$ 5,00 |
Comissão de venda | | 5% |
| | |
Preço líquido de venda | | R$ 4,75 |
4.2 Custo Variável (licor de cupuaçu)
Item | | Quant. Unid. | Preço Unit. | Total | |
| | | | | |
Cachaça maranhense | | | R$ 2,70 | R$ 2,70 | |
Açúcar | | | R$ 1,75 | R$ 5,25 | |
Embalagem | | 10 unidade | R$ 0,25 | R$ 2,50 | |
Rolha | | 10 unidade | R$ 0,10 | R$ 1,00 | |
Suco de cupuaçu | | | R$ 6,00 | R$ 6,00 | |
Subtotal R$ 17,45 | |||||
Perdas | 10% | ||||
Total R$ 19,20 | |||||
Custo total da produção R$ 19,20 | |||||
Quantidade produzida de licor | |||||
4.2.1 Custo proporcional ao preço
Item | | Preço |
Preço de venda | | R$ 15,00 |
Comissão de venda | | 5% |
| | |
Preço líquido de venda | | R$ 14,25 |
5. RESULTADOS
Produtos | Quantidade Produzida | Preço Liquido de venda | Receita do Produto | Custo Variável Unitário | Custo da Produção | Margem de Contribuição Total | Quantidade no P.E. |
Geléia de açaí | 880 | R$ 4,75 | R$. 180,00 | R$ 3,56 | R$ 3.134,72 | R$ 1.045,28 | 521 |
Licor | 600 | R$ 14,25 | R$. 550,00 | R$ 1,92 | R$ 1.151,70 | R$ 7.398,30 | 355 |
| | | | | | | |
Total | | | R$ 2.730,00 | | R$ 4286,42 | R$ 8.443,58 | |
Receita Total = | R$ 12.730,00 |
Custo Total = | R$ 9.281,01 |
Custo Fixo = | R$ 4.994,58 |
Custo Variável = | R$ 4.286,42 |
Saldo = | R$ 3.448,99 |
ANÁLISE DOS RESULTADOS
Diante do exposto, podemos afirmar que o CETRAL tem reais condições de autosustentar. O que apresentamos não foi um modelo definido e acabado, o que queremos propor é que haja uma maior preocupação por parte dos sócio-educadores do CENTRU-MA com as potencialidades do CETRAL.
Acreditamos que outros produtos podem ser desenvolvidos no CETRAL através dos próprios alunos. Estes alunos poderão estar convivendo com a teoria na escola e começar a praticar também na própria escola. Ao voltar para casa, esses alunos desenvolveriam, junto à associação, ou cooperativa e/ou à unidade familiar as trocas de conhecimentos realizadas na escola.
REFERÊNCIAS
ALVAREZ, Sonia; DAGNINO Evelina; ESCOBAR Arturo (org.). Cultura e política nos movimentos sociais latino-americanos. Belo Horizonte: ed. UFMG, 2000.
CONCEIÇÃO, Manoel Santos. Dirigente-educador do CENTRU-MA. Entrevista ao autor, 8 de novembro de 2008.
COSTA, José Marcelino Monteiro da. Amazônia, desenvolvimento sustentável e sustentabilidade de recursos naturais. Belém: UFPA/NUMA, 1995.
COSTA, Ricardo. Comercialização e transformação dos produtos da agricultura familiar: alguns pontos a discutir. Rio de Janeiro: CAPINA, xxxx.
GOMES, Milton de Sousa. Dirigente-educador do CENTRU-MA. Entrevista ao autor, 14 de novembro de 2008.
KRAYCHETE, Gabriel. Como fazer um estudo de viabilidade econômica. Exposição realizada no primeiro dia da Consulta Economia Popular: Viabilidade e Alternativas, promovida pela CESE-CEADe, Salvador, junho/1997.
I Encontro de Dirigentes Educadores do CENTRU/MA. João Lisboa/MA: CETRAL, 16 e 17 de fevereiro de 2006.
Seminário de sócio-educadores do CENTRU-MA. Imperatriz/MA: CENTRU/MA,
VASCONCELLOS, Ana Maria de Albuquerque; SOBRINHO, Mário Vasconcellos. Alternativas de desenvolvimento e o modelo de sustentabilidade: um estudo de caso das organizações locais de Barcarena e Igarapé-Miri. Belém: UNAMA/FIDESA, 2006.
Viabilidade econômica e gestão democrática de empreendimentos associativos. UCSAL/CAPINA, 2008.
2 comentários:
ficou horrivel a postagem desse texto. Por favor Vanusa, não estou conseguindo ler.
abraços e beijos
jhonny santos
vanusa vê se dá pra mandar esse artigo em formato word pra mim (no e-mail)
Eiderson (Kbcinha)
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