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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Manoel Conceição Santos

"O meu único patrimônio
é minha história de luta,
movida por um ideal de libertação
da classe trabalhadora;
mais que um ideal,
tenho plena convicção na fortalelza
e na capacidade revolucionária desta classe
como protagonistas das transformações
da atual sociedade opressora e excludente
rumo a sociedade socialista e solidária"
Do vale do Pindaré no Maranhão, à luta socialista internacional, Manoel da Conceição vem, há mais de cinquenta anos, demonstrando seu compromisso revolucionário, consciente e amoroso com a causa da libertação da classe trabalhadora das diversas formas de opressão imposta pela elite dominante nacional e internacional.
Fundador do primeiro Sindicato de Trabalhadores Rurais no Maranhão, em Pindaré-Mirim, Manoel da Conceição lutou contra o latifúndio, contra o golpe militar e contra a Oligarquia Sarney. Foi perseguido, preso, torturado, teve uma perna amputada e foi exilado na Suíça até a lei da anistia, final da década de setenta.
Quando retornou ao país, Manoel prosseguiu, com mais garra ainda, na organização dos trabalhadores. Ao lado de Lula e outras lideranças, encabeçou a lista dos fundadores do PT no Brasil e ajudou na criação da CUT. Depois, voltou para o Maranhão em meados da década de oitenta, onde, até hoje, desenvolve milita em favor da organização de sindicatos, movimentos sociais, cooperativas, associações comunitárias e do próprio Partido dos Trabalhadores.
Fonte: unidadepetista_at_gmail.com 2009

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Chico Mendes: vida dedicada em defesa do meio ambiente


Chico Mendes (nome completo: Francisco Alves Mendes Filho) foi um dos mais importantes ambientalistas (pessoas que lutam em defesa da preservação do meio ambiente) brasileiros. Nasceu na cidade de Xapuri (estado do Acre) no dia 15 de dezembro de 1944. Trabalhou na região da Amazônia, desde criança, com seu pai, como seringueiro (produzindo borracha). Tornou-se vereador e sindicalista.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Margarida Maria Alves


Nasceu em 05 de agosto de 1933, na cidade de Alagoa Grande, na Paraíba. Em 1973 foi eleita presidente do Sindicato de Alagoa Grande, primeira mulher a ocupar um cargo deste no Estado. Durante 12 anos à frente do sindicato, foram movidas mais de 600 ações trabalhistas contra usineiros e senhores de engenho da região da Paraíba.
Na sua trajetória militante, Margarida Maria Alves se destacou sobremaneira na luta pelos direitos trabalhistas dos trabalhadores rurais de Alagoa Grande e do Brejo Paraibano, incentivando-os a fazer valer de fato o que lhes era negado pelos donos do poder econômico e político na região. À época, como resultado de sua liderança, foram movidas setenta e três reclamações trabalhistas contra engenhos e contra a Usina Tanques, de propriedade do mandante de seu assassínio, o que, em pleno período ditatorial, produziu uma grande repercussão e atraiu sobre si o ódio dos latifundiários locais que passaram a ameaçá-la e a tentar intimidá-la. Margarida, além de se não deixar abater por essas ameaças e intimidações, tornava-as públicas e fazia questão de respondê-las.
Margarida também foi uma das fundadoras do Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural, cuja finalidade é, até hoje, contribuir no processo de construção de um modelo de desenvolvimento rural e urbano sustentável, a partir do fortalecimento da agricultura familiar. Ela lutava pela defesa dos direitos do homem do campo, pelo décimo terceiro salário, o registro em carteira, a jornada de oito horas e as férias obrigatórias.
Com o surgimento do Plano Nacional de Reforma Agrária, os latifundiários intensificaram a violência no campo. No dia 12 de agosto de 1983, aos 50 anos, e na frente do filho e do marido, Margarida foi assassinada na porta de sua casa com um tiro de espingarda calibre 12 no rosto. O tiro foi disparado por um homem encapuzado que fugiu em um Opala vermelho onde outras duas pessoas o esperavam. Na época de sua morte, Margarida movia 72 ações trabalhistas contra fazendeiros. Os mandantes faziam parte do “Grupo da Várzea”, composto por 60 fazendeiros, 3 deputados e 50 prefeitos. O delegado da região identificou o criminoso mas não conseguiu prendê-lo. Entre os autores do crime estavam o soldado da PM Betaneo Carneiro dos Santos, os irmãos e pistoleiros Amauri José do Rego e Amaro José do Rego, e Biu Genésio, motorista do veículo utilizado no crime e morto em janeiro de 1986 como “queima de arquivo”. Agnaldo Veloso Borges, José Buarque de Gusmão e Antônio Carlos Coutinho Regis também estavam envolvidos em conflitos na região.
Em 1984 foi lançado o filme “Margarida Sempre viva” pelo Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural, CENTRU, e PL Produções Visuais Ltda, de Recife.
Em julho de 1988 o pecuarista Antônio Carlos Coutinho Reis foi absolvido da acusação durante julgamento. Um novo inquérito foi instaurado, mas entre idas e vindas da Justiça, os julgamentos foram sendo adiados sucessivamente.
Durante esses anos, alguns dos acusados morreram, outros foram presos por outros crimes e no caso de Margarida, a impunidade foi mais forte. Mas a sua luta continua sendo referência e o dia 12 de agosto, dia em que foi assassinada, se tornou o “Dia Nacional de Luta contra a Violência no Campo e pela Reforma Agrária”.
“É melhor morrer na luta do que morrer de fome”. Este lema cunhado por Margarida Maria Alves em seu último discurso antes de ser morta, expressa e explica a motivação para a luta do trabalhador rural brasileiro que optou pela resistência ao latifúndio e à exploração do trabalho. Assim ela viveu, lutou e morreu assassinada a mando de um latifundiário.
Margarida, nome de flor, mas também fibra de aço, mulher sertaneja, trabalhadora rural e líder sindical. Morreu na luta; mas de fome a classe dominante não a matou. Em sua homenagem é realizada todos os anos no mês de agosto a Marcha das Margaridas que reúne milhares de trabalhadoras rurais.

fonte: http://www.combonianosbne.org/node/888

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

CASA DAS ARTES - LIVRO E LEITURAS!

CASA DAS ARTES - LIVRO E LEITURAS!


A Biblioteca Comunitária Professora Maria de Jesus, idealizada pela Casa das Artes, localizada no povoado da Pintada no município de Davinópolis, será inaugurada dia 17 de agosto, às 16h. Ela é a unidade 34 do Projeto Bibliotecas Casa do Saber, que será coordenada pela Casa das Artes.

Na oportunidade da inauguração, duas representantes do projeto Casa do Saber/DF se farão presentes, virão do distrito federal para vistoriar e fazer a catalogação dos livros recebidos de acordo com as normas universais de bibliotecas. Carmen Ganzelevitch Gramacho Vice-Presidente da FACIDF, Federação das Associações Comerciais do Distrito Federal e Entorno, é a Coordenadora Geral do projeto, cujo trabalho engloba as visitas às regiões carentes de bibliotecas e avaliação do tipo de instalações que deverão ser feitas. Outra presença é da especialista em planejamento, organização e informatização de bibliotecas, Iza Antunes de Araújo que é uma das profissionais mais qualificadas do país e vem se dedicando à Casa do Saber de modo integral.

Ao todo foram recebidos 1500 livros, 20 estantes, 01 computador, 04 mesas com cadeiras, 02 armários, além de ajuda financeira para compra de materiais para a reforma do prédio cedido pela Associação de Agricultores e Pequenos Produtores da Vila São Luis.

A Rede Gasol, principal patrocinadora do projeto, faz parte da história do Brasil no caminho ruma à modernização e inicia sua trajetória junto com a construção da nova capital brasileira, Brasília, em 1958. Naquela época os caminhões rasgavam canteiros de obras em meio à poeira vermelha do cerrado, hoje não são somente os caminhões carregados de gasolina ou diesel que movem a Rede. Outro combustível foi acrescido na história, a solidariedade. Sentimento direcionado para diversos projetos sociais.

Um desses projetos é a Casa do Saber, projeto que vai além do social, perpassa pela cultural e educação e tem sido o maior desafio da empresa. Iniciado para atender as cidades do DF e entorno o projeto já atendeu outros estados e até outros países, como no caso de angola. Ao todo são mais de quarenta unidades funcionando plenamente.

Os móveis foram fabricados e transportados pela Futura Móveis, empresa localizada em Brasília, que fabrica móveis ergonômicos e entregou o material de primeira linha para a tão sonhada biblioteca no povoado da Vila São Luis, antiga Pintada.

Além de toda a estrutura oferecida a Biblioteca Casa do Saber ainda conta com uma rede de voluntários muito especiais. Entidades e profissionais altamente qualificados e comprometidos com a democratização da leitura, como é o caso da Associação dos Bibliotecários do Distrito Federal, que garantem a qualidade do programa, fazendo a catalogação dos livros com treinamento específico para equipes de manutenção das unidades.

Parceiros de Imperatriz e Davinópolis também foram fundamentais para a instalação da Biblioteca, entre eles o Feirão dos Móveis, a Prefeitura de Davinópolis, amigos da Casa das Artes que fazem doações constantes de livros e especialmente a Associação que emprestou o prédio e os moradores que se mobilizaram em mutirões, sem os quais seria impossível chegar aonde chegamos.

A Casa das Artes se orgulha de fazer parte desta rede de solidariedade pela socialização do conhecimento e pretende ampliar as ações da Biblioteca Comunitária Professora Maria de Jesus com implantação de projetos de formação e qualificação dos jovens e adolescentes das comunidades que desfrutarão do acervo para pesquisa e leitura.

Contatos: Lilia Diniz 8116-9197 - Alexandre Almeida 8129-6607 - 3525-2616

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Rua Brasil, 794 – Nova Imperatriz – CEP. 65.907-330 – Imperatriz – MA
CNPJ. 11.573.078/0005-45 / Fone/Fax: (99) 3527.3384 / centru@jupiter.com.br


NOVA DIRETORIA CENTRU-MA

Foi eleita no dia 17 de julho de 2009 a nova diretoria do Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural. A entidade que há 25 anos desenvolve um trabalho de educação, capacitação e formação nas áreas de economia solidária, cooperativismo, associativismo, sindicalismo, políticas públicas, meio ambiente e agricultura familiar realizou sua vigésima nona assembléia geral no CETRAL (Centro de Estudos do Trabalhador Rural) situado no povoado Pé-de-Galinha, município de João Lisboa onde contou com a presença de seus sócios-educadores localizados nos municípios da região sul e oeste elegeram sua nova diretoria, sendo:
Ø Coordenador Geral: Luis Gonzaga Santos, município de Cidelândia;
Ø Coordenadora Administrativa: Elizabete de Sousa Barbosa, município de Senador La Roque;
Ø Coordenador Financeiro: Pedro Paulo de Sousa Guimarães, município de Loreto.
Suplentes: Lucimar Alves Ferreira de Cidelândia e Maria Carmélia Costa Borges.
Além do mais a nova diretoria é formada por três pessoas no Conselho Fiscal, sendo: Marenice Lima de Sousa (São Raimundo das Mangabeiras), Vaneide Nascimento Moraes (Montes Altos) e Cristóvão Inácio de Almeida (Montes Altos) como titulares, e Elândia Farias Soares e Neurivan de Sousa Sá como suplentes.
O processo de eleição do CENTRU-MA ocorre a cada três anos através de uma Assembléia Geral Ordinária, onde seus mais de 35 sócios distribuídos em 9 (nove) municípios da região sul e oeste se reúnem para analisar a conjuntura nacional e estadual, fazer um balanço do triênio e definir seu planejamento estratégico para os próximos anos.
A nova diretoria tomou posse no último dia 01 de agosto e promete trabalhar muito em defesa da história da entidade, garantindo a continuidade da luta pela educação política, sócio-econômica e ambiental em prol dos trabalhadores rurais do Maranhão. A nova coordenação já começa suas atividades marcando reuniões com sua assessoria técnica, concentrando suas forças no processo de reorganização interna.
Um dos maiores desafios do CENTRU-MA para essa gestão que corresponde o triênio 2009 - 2012, segundo o novo Coordenador Geral, Luis Gonzaga que substitui Manoel Conceição, será a “reestruturação da entidade e a busca pela autosustentabilidade”.

Assessoria do CENTRU-MA
13 de agosto de 2009.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

“Seminário sobre Plano Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural - PNATER”.

CONVÊNIO MDA/SAF /CENTRU-MA CRT 0240.724-11

Programação*

“Seminário sobre Plano Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural - PNATER”.

Local: CETRAL (João Lisboa - MA).

Dia: 25 de Agosto/2009

14h00 – Recepção e credenciamento

Dia: 26 de Agosto/2009

8h00 Apresentação da programação

08h30 – Mesa de abertura com as autoridades presentes

09h30 – Projeto “Alternativa Agroextrativista: ATER as Famílias Agroextrativista da Região Amazônia ao Cerrado Maranhense”.

10h30 – intervalo

10h50 – Apresentação da PNATER com foco no Plano Estadual de ATER no Maranhão

12:00 – Debate e esclarecimentos

12:30 – Almoço

14h00 – Situação da Agricultura familiar camponesa na região Amazônia ao Cerrado Maranhense

15h40 - intervalo

16h00 – O olhar do trabalhador rural sobre a agricultura familiar

17h20 – Debate e encaminhamentos

19h00 – Jantar

Dia: 27 de Agosto/2009

08h00 - Agroecologia e Transição Ecológica

09h40 – Experiências Agroecologicas ds Rede CCAMA

10h30 – intervalo

10h50 - O crédito como instrumento para o desenvolvimento da agricultura familiar

11h50 – debate

12:30 - Almoço

14h00 Experiências de Sócio-economia solidária

15h30 - Intervalo

16h00 – Debate e encaminhamentos

17h00 – Encerramento e entrega de certificados

domingo, 26 de julho de 2009

II SEMINÁRIO DE DIREITOS HUMANOS - CASA FAMILIAR RURAL - COQUELANDIA

II SEMINÁRIO DE DIREITOS HUMANOS

“DIREITOS SOCIAIS”
CASA FAMILIAR RURAL
COQUELÂNDIA – IMPERATRIZ-MA
Data: 07 e 08 de Agosto de 2009

Facilitador: José Ferreira Mendes Junior


Finalidade (Objetivos Gerais)

- Realizar, ainda que minimamente, a devida democratização do conteúdo teórico sobre Direitos Humanos e dos mecanismos de proteção constitucionais;
- Contribuir com a organização dos (das) camponeses (as) para os enfrentamentos político e jurídico das decisões judiciais de diversas espécies que violem o direito humano dos povos do campo;
- Instigar um estudo mais aprofundado dos direitos constitucionais - individuais e coletivos – por parte do trabalhador e da trabalhadora rural.

Foco (Base Específica)

- O Direito Humano à terra como direito/garantia fundamental à vida e à subsistência dos milhões de trabalhadores e trabalhadoras rurais maranhenses;
- As garantias individuais e coletivas contidas na Constituição Federal de 1988 frente aos abusos cometidos pelo Estado ou por grupos privados.

Para Quem (público)

- Educandos e Educandas do campo;
- Trabalhadoras e trabalhadores camponeses/em áreas de agro extrativismo/em áreas de posse/em áreas de assentamento (de diversas escolaridades).

Enunciado de Sub-tópicos (Ementa)

- Distinção entre os termos: liberdade, direito e garantia. Os Direitos Sociais como Direitos Fundamentais de cada brasileiro. Exposição dialogada acerca dos principais direitos sociais contidos na Constituição Federal/88. Direito à Educação (arts. 6º, 205º a 214º). Direito à Saúde (arts. 196º e 197º). Direito à Moradia (art. 6º). Direitos da Nacionalidade (arts. 12º e 13º). Abertura para outros pontos pertinentes ao tema do seminário.


Como Fazer (Metodologia)

- Exposição dialogada, intercalada com eventuais intervenções durante todo o tempo de duração, seguida de trabalhos em grupo sobre sub-temas abordados no diálogo antecedente de forma a promover um debate democrático e um devido compartilhamento de experiências (saberes). Encerrando com apresentação de sínteses das discussões provenientes do trabalho em grupo.

O que utilizar (Recursos)

- Dicionários (escolares);
- Exemplares da Constituição Federal de 1988;
- Aparelho de Data-show;
- Computador;
- Giz;
- Lousa;

Tempo (Duração)



- A apresentação, debate e apresentação dos grupos, estimadamente, terão duração total de 05 horas.

Onde (Local)

- Casa Familiar Rural, Coquelândia, Imperatriz-MA.

Material Consultado (Referências)

Evgeny Pashukanis: A Teoria Geral do Direito e o Marxismo;

Roberto Lyra Filho: O que é Direito?;

Fábio Konder Comparato: A Afirmação Histórica dos Direitos Humanos;

Alexandre de Moraes: Direitos Humanos Fundamentais;

Benedito Ferreira Marques: Direito Agrário Brasileiro;

Constitução Federal.

sábado, 25 de julho de 2009

IX Assembléia Geral da COIAB - em terras maranheses







A aldeia São José do Povo Krikati, recebeu e acomodou um grande contingente de povos indígenas para a IX Assembléia Geral da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira COIAB – que engloba 75 organizações membros, oriundas dos nove estados da Amazônia Brasileira ((Amazonas, Acre, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins); a organização abarca uma parcela de 60% da população indígena de todo o Brasil, numa somatória de 430 mil pessoas. Para o grande encontro fizeram-se presentes os seus representantes legais, entre eles destacamos a presença do Coordenador geral da COIAB Jecinaldo Sateré Mawé; Lourenço Krikati representante da Coordenação das Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão (COAPIMA); delegados eleitos nas bases; bem como a presença da autoridade máxima local o Cacique José Krikati.
O grande encontro elegeu a nova coordenação da COIAB, essa assembléia teve uma particularidade elegendo uma mulher como Vice-coordenadora a representante do povo Guajajara Sonia Boné, os povos indígenas do Maranhão manifestaram seu contentamento, festejando com todos os presentes a grande vitória. O encontro avaliou avanços e dificuldades encontradas pela instituição que representa os 160 povos indígenas, cada um com suas particularidades espalhados nas 110 milhões de hectares de terras amazônicas.Outro ponto importante tratado na Assembléia foi a revisão do estatuto que rege a entidade.
A grande reunião dos povos indígenas ali presentes registrou momentos singulares, a exemplo do III Encontro de Mulheres indígenas da Amazônia, que ocorreu na véspera da assembléia, “no qual foi definida a criação de uma organização autônoma de mulheres, que atuará de forma independente, em estreita parceria com a COIAB, e que foi denominada União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira – UMIAB.”( http://www.amazonia.org.br/noticias/noticia.cfm?id=320446) .
Festejado por todos e todas dignas de festa como assim fizeram o povo krikati, para a nova coordenação da UMIAB. O encontro sucedeu clima de alegria e o povo Krikati, recepcionou os presentes com grandes momentos festivos, convidando também outros povos que ali se fizeram presentes para manifestarem seu contentamento com apresentações culturais. Entre outros o povo Karajá, registrou presença com uma comitiva de jovens, que confirmaram o repasse e aprendizado da cultura Karajá para as novas gerações.

Para os não indígenas, os momentos se intercalaram entre políticos e culturais, no entanto a manha do dia 24 registra-se um momento peculiar: O batismos dos eleitos para a nova Coordenação da COIAB, que a partir deste momento receberam nomes de antigos guerreiros Krikatis, tornando-os também guerreiros daquele povo, levando consigo energias positiva para a grande responsabilidade que cada um recebera, na representatividade da mais importante organização indígena do Brasil.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

22 anos de Vila Conceição! FESTA!!!

Uma festa!!

Isso mesmo, uma festança!

As famílias do Assentamento Itacira I e I, mais conhecido como Vila Conceição, no dia 18 de julho de 2009, receberam mais de duas mil pessoas oriundas das mais diversas localidades, para comemorarem os 22 anos de existência do Assentamento que leva o nome de um dos maiores lideres camponeses do Brasil: Manoel Conceição Santos, que teve participação direta na ocupação da área que depois de inúmeros conflitos, passa a ser um assentamento reconhecido pelo Incra. Nessa luta, cabe sublinhar a participação de outra grande liderança rural: Maria Querubina da Silva Neta, quebradeira de coco babaçu.
Missa, culto, café da manhã deram inicio a festança, um evento organizado pelos próprios trabalhadores rurais. Ao chegar à comunidade os visitantes são abraçados pelas famílias que os acomodam carinhosamente oferecendo almoço, banho e jantar!
Gincanas e torneios de futebol também são organizados, a festa é intensa!
A chegada da noite, hora bastante esperada as comemorações não param. É o assentado Valdinar Barros, hoje Deputado Estadual o morador mais ilustre da comunidade, que emociona os presentes com sua fala em um discurso emocionado resgatando vários momentos da história da comunidade.
Nas comemoraçoes registra-se a presença do ex-governador Jakson Lago que foi aclamado como governador do coração do povo, o Prefeito de Imperatriz Sebastião Madeira entre outras autoridades.
Levi e Banda levantam os presentes como o melhor forró pesado, é com danças e foguetório que a festa foi até as sete da manhã do outro dia, regada a muita cervejas, churrascos e outras guloseimas, num momento de grande confraternização que já deixa saudades e vontade de voltar no ano seguinte.



Vanusa Lima
Assessora Pedagógica
Centru Maranhão

terça-feira, 30 de junho de 2009

CETRAL: EM BUSCA DA AUTO-SUSTENTAÇÃO

¹Jhonny Santos

RESUMO

Procuramos, ao longo desse estudo, resgatar um pouco da história de formação do centro de educação e cultura do trabalhador rural do Maranhão – centru/ma. Com isso, trouxemos dois momentos bastante sintéticos, o primeiro faz alusão à luta pela organicidade dos trabalhadores rurais sem terra do Maranhão pela conquista da terra e num segundo momento, levanta-se os desafios organizacionais que o centru terá de enfrentar se realmente pretende viabilizar, econômico, social e ambientalmente esse espaço que mistura: cerrado, Amazônia e sonhos que é o CETRAL.

Palavras-chave: CENTRU/MA. CETRAL. Viabilidade. Organização.

Caixa de texto: ¹Graduado em Administração de Empresas pela Universidade Estadual do Maranhão


INTRODUÇÃO

A partir da missão do CENTRU/MA, “Contribuir na construção de um novo modelo de desenvolvimento, sustentável e solidário, através da EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO e ASSESSORIA TÉCNICA e JURÍDICA aos trabalhadores e trabalhadoras agroextrativistas, com ênfase em metodologias participativas, em relações eqüitativas de gênero, gerações e etnias, na participação ativa, crítica e propositiva na área das políticas públicas e na conservação da humanidade e seu meio ambiente”, é que o CETRAL foi pensado e adquirido como um bem de seus sócio-educadores.

Numa breve apresentação, procuraremos expor algumas dificuldades enfrentadas pelos seus idealizadores. Ressaltamos também a importância de um estudo de viabilidade econômica e ambiental para o CETRAL, porém, uma das dificuldades encontradas nesse processo foi reunir esses sócio-educadores dispersos tanto por quilômetros quanto por objetividade institucional.

Os sócio-educadores do CENTRU/MA localizam-se nos mais variados municípios da região sul e oeste. Dentre eles os que estão mais próximos da instituição são vistos numa variabilidade de dias ou meses.

A organização da sociedade civil se dá pela formação de organizações sociais – associações, sindicatos, cooperativas – que surgem, em um primeiro momento, para resistir aos processos de mudanças implementadas, caracterizadas por impacto ambiental, desestruturação da lógica produtiva tradicional e reordenação social. (VASCONCELLOS e SOBRINHO, 2007, p.14).

Discorremos no estudo que as tentativas de viabilizar econômica e ambientalmente o CETRAL são um esforço que vem com os técnicos e sócio-educadores que passaram pelo CENTRU-MA.

HISTÓRICO

Em uma assembléia no dia 9 de novembro de 1980 no município de Olinda no Pernambuco diversos trabalhadores (as) rurais fundam o que eles denominaram de CENTRU (Centro de Educação e Cultura do Maranhão). O grande objetivo do grupo era o processo de formação e capacitação dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, uma educação classista.

No início da construção do CENTRU no Maranhão, novembro de 1984, o cenário era de conflitos agrários entre grileiros e sem terras. Nesse processo o líder campesino, Manoel da Conceição, visualiza que, somente um processo de formação e educação-organizacional dos trabalhadores rurais poderia gerar o que ele chamava de auto-empoderamento da classe trabalhadora. Os eixos temáticos do processo educacional do CENTRU seguiam numa linha marxista-maoísta, influenciada pela visita de Manoel da Conceição à China, vejamos:

1. Movimento Sindical Combativo e numa permanente concepção de luta de classe;

2. Mobilização, organização e luta pela Terra;

3. Intervenções nos espaços institucionais (partidos, sindicatos, poderes públicos – municipal, estadual e federal).

Com a conquista da terra e a tomada dos sindicatos das “mãos dos pelegos”, o CENTRU parte para a organização da produção, novo gargalo que será enfrentado pelos sócio-dirigentes.

A partir dos anos 90, o CENTRU-MA se concentrou em viabilizar sua intervenção nas áreas da educação e assessoria, nos eixos prioritários:

1. Organização da produção agroextrativistas (multiplicação de GPB´s) – Produção Diversificada;

2. Criação das Cooperativas Agroextrativistas e da CCAMA (Central de Cooperativas Agroextrativistas do Maranhão);

3. Desenvolvimento Local Sustentável e Cadeia de Produção Agroextrativista (Produção Primária, Agroindústria e Comercialização Solidária);

4. Assessoria e Assistência Técnica as Organização dos Agricultores (as) Familiares (Famílias – Associações – Cooperativas – CCAMA – UNICAFES).

Como bem esclarece um dos sócio-educadores do CENTRU, podemos visualizar um pouco de como era o processo de formação e suas linhas temáticas,

(...) ai vem todo o estudo da questão de como é que acontece essa luta aí do patrão do empregado, a exploração que tem nessa questão, nessa relação de patrão e empregado e essa coisa e foi que ajudou muito a gente ver o cooperativismo como alternativa para os trabalhadores, me lembro dos estudos que a gente fazia naquele tempo onde fica claro assim, na época chamada de mais-valia, era mostrar o quanto que o trabalhador que é empregado produz na empresa seja ela qual for e a fração que é tirada para pagar o seu salário e o quanto ainda fica para o dono da empresa aumentar seus investimentos, seus lucros e crescer seu patrimônio cada dia essa foi uma coisa que sensibilizou os trabalhadores a criar as cooperativas. (Sr. MILTON, entrevista concedida em 14 de novembro de 2008).

As cooperativas são criadas a partir dos GPB´s (Grupos de Produção de Base), porém o processo não se concretizou como idealizado. Muitos dos trabalhadores que conquistaram a terra venderam-na.

Os 174 GPB´s, agora cooperativas, não conseguiram visualizar as propostas de cooperativismo agroextrativista ensinado pelo CENTRU. É nesse contexto de organização da produção e educação que surge, em 1996, o CETRAL.

Diante do exposto, o processo de luta dos trabalhadores rurais ligados diretamente ou indiretamente ao CENTRU nos remete à idéia de CENTRU como movimento social que,

(...) não apenas dependem e se baseiam em redes da vida cotidiana, mas também constroem e configuram novos vínculos interpessoais, interorganizacionais e político-culturais com outros movimentos, bem como com uma multiplicidade de atores e espaços culturais e institucionais. (ALVAREZ, DAGNINO e ESCOBAR, p.35).

Os descompassos e representações que o CENTRU-MA conseguiu produzir no consciente e por que não no subconsciente tanto dos trabalhadores quanto dos grileiros fez com que várias páginas já escritas pudessem ser redesenhadas, além de nos mostrar que o pensamento hegemônico nos acompanhou até pouco tempo e quiçá ainda por um pouco mais.

O CETRAL

Localizado no município de João Lisboa, oeste do Maranhão à margem da MA 122, no povoado Pé de Galinha, o Centro de Estudos do Trabalhador Rural – CETRAL – que antes não passava de uma área de 12 ha de capim, cultivado à base de muitos produtos agrotóxicos passa a ser o espaço de estudos do CENTRU-MA.

Para que os trabalhadores pudessem visualizar o cooperativismo agroextrativista, seria necessário que houvesse um modelo demonstrativo, o certo então seria, fazer do CETRAL, área agora do CENTRU-MA, o espaço demonstrativo que não causasse danos ao meio ambiente e que garantisse trabalho e renda dentro dos princípios agroextrativistas.

Como a área estava bastante degradada, desgastada e “envenenada”, preciso seria que se limpasse e restaurasse o espaço. Depois de muitas toneladas de adubos orgânicos, Manoel refloresta toda a área com uma diversidade de árvores e frutos do cerrado e Amazônia maranhense.

Hoje, com mais de 14 anos, o CETRAL é o espaço onde funciona a Escola Técnica Agroextrativista (ETA) chamada nos anos 90 de escola Padre Josimo Tavares, rigoroso defensor dos trabalhadores sem terras e que por isso acabou se tornando vitima dos grileiros nos tempos dos conflitos agrários intensos.

O CETRAL é hoje uma prova de que a terra não surgiu só para o capim, outras plantas e árvores também têm direito de nascer, essa diversidade é representada pelo açaí, jaca, cupuaçu, araçá-boi, taturuba, além de madeiras de lei como cedro, mogno, paricá, angico branco etc. O CETRAL também prova que, além do boi, existem outras diversas formas de vida que precisam se alimentar e dar continuidade ao ciclo de vida natural das espécies.

Contudo, nem tudo são flores, o CENTRU-MA ainda não conseguiu fazer com que, toda a riqueza do CETRAL possa continuar sendo contemplada, admirada e que gere capital suficiente para se auto-sustentar e ainda garanta uma renda extra para outras atividades do CENTRU-MA.

“Nesses últimos 20 anos, essa tem sido minha angústia”, segundo Manoel.

Diante do exposto alguns questionamentos são imprescindíveis:

O que significa desenvolvimento?

O que significa sustentabilidade?

É possível construir uma alternativa de trabalho e geração de renda sem causar danos ao meio ambiente. Se sim, porque tem sido tão difícil para o CENTRU-MA vencer esse desafio?

Será possível construir um estudo de viabilidade sócio-econômica e ambiental para o CETRAL, diante dos estudos e tentativas realizadas?

Sendo assim, a saga continua... está lançado o desafio, fazer do CETRAL uma área modelo gerando renda, com formação e educação como um halo do agroextrativismo.

Costa (1995), ao analisar o segmento agroextrativista e suas formas de apresentação e reapresentação na sociedade amazônica, conclui que “o agroextrativismo é extremamente importante para a maioria dos municípios localizados na região, sobretudo se considerado o número de pessoas envolvidas nas atividades agrícolas, pecuária e extrativista”.

Ainda este ano o CETRAL funcionou como escola a partir de um projeto financiado pela Petrobrás. Com mais de 100 alunos, a escola funcionou de forma modular com quatro turmas, sendo que ao final, ficaram três. Nesse período, observamos que:

· A escola formou e informou os alunos quanto à produção de doces, geléias e licores;

· A escola também fomentou a agroecologia, com cultivo de hortaliças;

· O associativismo e cooperativismo também obtiveram espaço na escola;

· A economia solidária, a arte campesina, a gestão da unidade familiar.

· Ao final do terceiro e último modulo, foi realizada uma prática de comercialização com o que foi produzido na escola. Nas três turmas foram comercializados, na feira do município de João Lisboa, pelos próprios alunos, sob orientação dos facilitadores, licores, geléias, hortaliças e doces.

Percebemos uma boa aceitação do produto e que ao longo das três visitas à feira, houve um gradativo aumento nas vendas.

Com isso ratificamos o que coloca Costa (xxxx, p. 2) “para vender a produção em coletivo, a associação ou a cooperativa precisa ter uma idéia do montante de sua produção em conjunto. Ninguém consegue vender uma mercadoria sem saber a quantidade que pode comprometer com o comprador”.

O ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA E AMBIENTAL

Segundo Kraychete (1997), o estudo de viabilidade é a análise detalhada, que tem dois objetivos básicos:

  • Identificar e fortalecer as condições necessárias para o nosso projeto dar certo e
  • Identificar e tentar neutralizar os fatores que podem dificultar as possibilidades de êxito do nosso projeto.

Seguindo esses passos, encontramos algumas potencialidades, primeiro a estrutura que o CETRAL possui já nos garante condições reais de se começar o processo de produção. Outra potencialidade é o público, o CENTRU-MA trabalha com 10 municípios da região sul e oeste, 100 alunos participaram do processo educacional oferecido pela Escola Técnica Agroextrativista.

No quesito dificuldades, identificamos alguns vícios estabelecidos entre o CENTRU-MA e os alunos. Identificamos que, a escola não exige uma contrapartida do aluno. Transporte, hospedagem, alimentação, matéria-prima para produção e outras despesas e custos são de total responsabilidade da instituição financiadora. Caso não haja este financiamento completo a escola para todas as suas atividades e o CETRAL é novamente esquecido ou abandonado.

Definir uma quantidade x de alunos que estariam diretamente ligados ao processo de aprendizagem envolvendo educação e produção para que juntos construíssem essa autosustentabilidade do CETRAL.

Com um público formado, poderíamos dar inicio a um estudo de viabilidade econômica, ambiental e educacional voltado para as especificidades da região e do CETRAL. Fomentar um cooperativismo nos princípios de uma economia solidária que resgate e caracterize a cultura local.

Talvez, a maior dificuldade que o CENTRU-MA vem enfrentando no processo de viabilizar econômica e ambientalmente o CETRAL seja a compreensão de alguns sócio-educadores e assessores da importância que esse estudo tem rumo à realização dos objetivos e missão do CENTRU-MA.

QUADROS DO ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA DO CETRAL

O processo de discussão sobre a viabilidade econômica, social e ambiental do CETRAL levanta-se diante de dois desafios: um teórico-científico e outro prático. O que se segue, não representa o novo, muito menos uma verdade absoluta, os estudos e levantamentos realizados durante esse trabalho é fruto de uma perseverança que não se resume apenas nesse trabalho.

O que propomos e demonstramos é a possibilidade de se repensar, através da “critica e autocrítica” que se faz necessário dentro de qualquer “processo revolucionário” como reclama Manoel Conceição e, porque não acrescermos desenvolvimento organizacional do CETRAL enquanto espaço educativo e de demonstrativo agroextrativista.

O trabalho aqui, explanado, nos remete a darmos continuidade na discussão da sustentação da escola e de um número significativo de alunos que se auto-sustentariam no período escolar.

1. INVESTIMENTO

Itens

Quantidade

Valor Unitário

Valor Total

Tacho esmaltado

3

R$ 43,50

R$ 130,50

Fogão industrial 3 bocas

1

R$ 699,60

R$ 699,60

Vasilha plástica c/ medida

2

R$ 2,20

R$ 4,40

Colher de madeira

3

R$ 4,50

R$ 13,50

Bandeja plástica

4

R$ 12,50

R$ 50,00

Garfo bi dente pequeno

6

R$ 3,80

R$ 22,80

Concha alumínio nº. 10

2

R$ 11,50

R$ 23,00

Peneira arame

2

R$ 9,20

R$ 18,40

Congelador 385l

1

R$ 1.532,70

R$ 1.532,70

Flanela

4

R$ 1,00

R$ 4,00

Avental

21

R$ 2,97

R$ 62,37

Luva (par)

21

R$ 4,50

R$ 94,50

Toucas

21

R$ 1,00

R$ 21,00

Liquidificador ind.

1

R$ 583,70

R$ 583,70

Mesa de inox

1

R$ 1.200,00

R$ 1.200,00

Balança eletrônica

1

R$ 770,00

R$ 770,00

Espátula

2

R$ 15,00

R$ 30,00

R$ -

SUBTOTAL

R$ 5.260,47

Outros

10%

R$ 526,05

TOTAL

R$ 5.786,52

2. DEPRECIAÇÃO

Itens

Quantidade

Valor Unitário

Vida Útil

Valor Residual

Depreciação Anual

Depreciação Mensal

Tacho esmaltado

3

R$ 43,50

5

R$ 10,00

R$ 20,10

R$ 1,68

Fogão industrial 3 bocas

1

R$ 699,60

5

R$ 100,00

R$ 119,92

R$ 9,99

Vasilha plástica c/ medida

2

R$ 2,20

1

R$ 4,40

R$ 0,37

Colher de madeira

3

R 4,50

2

R$ 6,75

R$ 0,56

Bandeja plástica

4

R$ 12,50

1

R$ 50,00

R$ 4,17

Garfo bi dente pequeno

6

R$ 3,80

2

R$ 11,40

R$ 0,95

Concha alumínio nº. 10

2

R$ 11,50

5

R$ 1,00

R$ 4,20

R$ 0,35

Peneira arame

2

R$ 9,20

2

R$ 1,00

R$ 8,20

R$ 0,68

Congelador 385l

1

R$ 1.532,70

10

R$ 500,00

R$ 103,27

R$ 8,61

Flanela

4

R$ 1,00

1

R$ 4,00

R$ 0,33

Avental

21

R$ 2,97

1

R$ 62,37

R$ 5,20

Luva (par)

21

R$ 4,50

0

Toucas

21

R$ 1,00

0

Liquidificador ind.

1

R$ 583,70

10

R$ 100,00

R$ 48,37

R$ 4,03

Mesa de inox

1

R$ 1.200,00

20

R$ 500,00

R$ 35,00

R$ 2,92

Balança eletrônica

1

R$ 770,00

10

R$ 200,00

R$ 57,00

R$ 4,75

Espátula

2

R$ 15,00

R$ 1,00

Total

R$ 534,98

R$ 44,58

3. CUSTO FIXO

Itens

Valor

Depreciação mensal

R$ 44,58

Telefone

R$ 200,00

Água

R$ 300,00

Energia

R$ 400,00

Salários

R$ 4.000,00

Manutenção

R$ 50,00

Depreciação Mensal

R$ 44,58

TOTAL

R$ 4994,58

4. CUSTO VARIÁVEL

4.1 Custo Variável (geléia de juçara)

Item

Quant. Unid.

Preço Unit.

Total

Açúcar

2 kg

R$ 1,75

R$ 3,5

Polpa de juçara

3 kg

R$ 6,00

R$ 18,00

Embalagem

7 und.

R$ 0,14

R$ 0,98

Gás

0,07 m3

R$ 2,69

R$ 0,19

Subtotal R$ 22,67

Perdas

10%

Total R$ 24,94

Custo total da produção R$ 24,94

Quantidade produzida de doce 3,150 kg

4.1.1 Custo proporcional ao preço

Item

Preço

Preço de venda

R$ 5,00

Comissão de venda

5%

Preço líquido de venda

R$ 4,75

4.2 Custo Variável (licor de cupuaçu)

Item

Quant. Unid.

Preço Unit.

Total

Cachaça maranhense

2 litros

R$ 2,70

R$ 2,70

Açúcar

3 kg

R$ 1,75

R$ 5,25

Embalagem

10 unidade

R$ 0,25

R$ 2,50

Rolha

10 unidade

R$ 0,10

R$ 1,00

Suco de cupuaçu

2 litros

R$ 6,00

R$ 6,00

Subtotal R$ 17,45

Perdas

10%

Total R$ 19,20

Custo total da produção R$ 19,20

Quantidade produzida de licor 10 litros

4.2.1 Custo proporcional ao preço

Item

Preço

Preço de venda

R$ 15,00

Comissão de venda

5%

Preço líquido de venda

R$ 14,25

5. RESULTADOS

Produtos

Quantidade Produzida

Preço Liquido de venda

Receita do Produto

Custo Variável Unitário

Custo da Produção

Margem de Contribuição Total

Quantidade no P.E.

Geléia de açaí

880

R$ 4,75

R$. 180,00

R$ 3,56

R$ 3.134,72

R$ 1.045,28

521

Licor

600

R$ 14,25

R$. 550,00

R$ 1,92

R$ 1.151,70

R$ 7.398,30

355

Total

R$ 2.730,00

R$ 4286,42

R$ 8.443,58

Receita Total =

R$ 12.730,00

Custo Total =

R$ 9.281,01

Custo Fixo =

R$ 4.994,58

Custo Variável =

R$ 4.286,42

Saldo =

R$ 3.448,99

ANÁLISE DOS RESULTADOS

Diante do exposto, podemos afirmar que o CETRAL tem reais condições de autosustentar. O que apresentamos não foi um modelo definido e acabado, o que queremos propor é que haja uma maior preocupação por parte dos sócio-educadores do CENTRU-MA com as potencialidades do CETRAL.

Acreditamos que outros produtos podem ser desenvolvidos no CETRAL através dos próprios alunos. Estes alunos poderão estar convivendo com a teoria na escola e começar a praticar também na própria escola. Ao voltar para casa, esses alunos desenvolveriam, junto à associação, ou cooperativa e/ou à unidade familiar as trocas de conhecimentos realizadas na escola.

REFERÊNCIAS

ALVAREZ, Sonia; DAGNINO Evelina; ESCOBAR Arturo (org.). Cultura e política nos movimentos sociais latino-americanos. Belo Horizonte: ed. UFMG, 2000.

CONCEIÇÃO, Manoel Santos. Dirigente-educador do CENTRU-MA. Entrevista ao autor, 8 de novembro de 2008.

COSTA, José Marcelino Monteiro da. Amazônia, desenvolvimento sustentável e sustentabilidade de recursos naturais. Belém: UFPA/NUMA, 1995.

COSTA, Ricardo. Comercialização e transformação dos produtos da agricultura familiar: alguns pontos a discutir. Rio de Janeiro: CAPINA, xxxx.

GOMES, Milton de Sousa. Dirigente-educador do CENTRU-MA. Entrevista ao autor, 14 de novembro de 2008.

KRAYCHETE, Gabriel. Como fazer um estudo de viabilidade econômica. Exposição realizada no primeiro dia da Consulta Economia Popular: Viabilidade e Alternativas, promovida pela CESE-CEADe, Salvador, junho/1997.

I Encontro de Dirigentes Educadores do CENTRU/MA. João Lisboa/MA: CETRAL, 16 e 17 de fevereiro de 2006.

Seminário de sócio-educadores do CENTRU-MA. Imperatriz/MA: CENTRU/MA, 05 a 07 de janeiro de 2007.

VASCONCELLOS, Ana Maria de Albuquerque; SOBRINHO, Mário Vasconcellos. Alternativas de desenvolvimento e o modelo de sustentabilidade: um estudo de caso das organizações locais de Barcarena e Igarapé-Miri. Belém: UNAMA/FIDESA, 2006.

Viabilidade econômica e gestão democrática de empreendimentos associativos. UCSAL/CAPINA, 2008.