BLOGGER TEMPLATES - TWITTER BACKGROUNDS »

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Chico Mendes: vida dedicada em defesa do meio ambiente


Chico Mendes (nome completo: Francisco Alves Mendes Filho) foi um dos mais importantes ambientalistas (pessoas que lutam em defesa da preservação do meio ambiente) brasileiros. Nasceu na cidade de Xapuri (estado do Acre) no dia 15 de dezembro de 1944. Trabalhou na região da Amazônia, desde criança, com seu pai, como seringueiro (produzindo borracha). Tornou-se vereador e sindicalista.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Margarida Maria Alves


Nasceu em 05 de agosto de 1933, na cidade de Alagoa Grande, na Paraíba. Em 1973 foi eleita presidente do Sindicato de Alagoa Grande, primeira mulher a ocupar um cargo deste no Estado. Durante 12 anos à frente do sindicato, foram movidas mais de 600 ações trabalhistas contra usineiros e senhores de engenho da região da Paraíba.
Na sua trajetória militante, Margarida Maria Alves se destacou sobremaneira na luta pelos direitos trabalhistas dos trabalhadores rurais de Alagoa Grande e do Brejo Paraibano, incentivando-os a fazer valer de fato o que lhes era negado pelos donos do poder econômico e político na região. À época, como resultado de sua liderança, foram movidas setenta e três reclamações trabalhistas contra engenhos e contra a Usina Tanques, de propriedade do mandante de seu assassínio, o que, em pleno período ditatorial, produziu uma grande repercussão e atraiu sobre si o ódio dos latifundiários locais que passaram a ameaçá-la e a tentar intimidá-la. Margarida, além de se não deixar abater por essas ameaças e intimidações, tornava-as públicas e fazia questão de respondê-las.
Margarida também foi uma das fundadoras do Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural, cuja finalidade é, até hoje, contribuir no processo de construção de um modelo de desenvolvimento rural e urbano sustentável, a partir do fortalecimento da agricultura familiar. Ela lutava pela defesa dos direitos do homem do campo, pelo décimo terceiro salário, o registro em carteira, a jornada de oito horas e as férias obrigatórias.
Com o surgimento do Plano Nacional de Reforma Agrária, os latifundiários intensificaram a violência no campo. No dia 12 de agosto de 1983, aos 50 anos, e na frente do filho e do marido, Margarida foi assassinada na porta de sua casa com um tiro de espingarda calibre 12 no rosto. O tiro foi disparado por um homem encapuzado que fugiu em um Opala vermelho onde outras duas pessoas o esperavam. Na época de sua morte, Margarida movia 72 ações trabalhistas contra fazendeiros. Os mandantes faziam parte do “Grupo da Várzea”, composto por 60 fazendeiros, 3 deputados e 50 prefeitos. O delegado da região identificou o criminoso mas não conseguiu prendê-lo. Entre os autores do crime estavam o soldado da PM Betaneo Carneiro dos Santos, os irmãos e pistoleiros Amauri José do Rego e Amaro José do Rego, e Biu Genésio, motorista do veículo utilizado no crime e morto em janeiro de 1986 como “queima de arquivo”. Agnaldo Veloso Borges, José Buarque de Gusmão e Antônio Carlos Coutinho Regis também estavam envolvidos em conflitos na região.
Em 1984 foi lançado o filme “Margarida Sempre viva” pelo Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural, CENTRU, e PL Produções Visuais Ltda, de Recife.
Em julho de 1988 o pecuarista Antônio Carlos Coutinho Reis foi absolvido da acusação durante julgamento. Um novo inquérito foi instaurado, mas entre idas e vindas da Justiça, os julgamentos foram sendo adiados sucessivamente.
Durante esses anos, alguns dos acusados morreram, outros foram presos por outros crimes e no caso de Margarida, a impunidade foi mais forte. Mas a sua luta continua sendo referência e o dia 12 de agosto, dia em que foi assassinada, se tornou o “Dia Nacional de Luta contra a Violência no Campo e pela Reforma Agrária”.
“É melhor morrer na luta do que morrer de fome”. Este lema cunhado por Margarida Maria Alves em seu último discurso antes de ser morta, expressa e explica a motivação para a luta do trabalhador rural brasileiro que optou pela resistência ao latifúndio e à exploração do trabalho. Assim ela viveu, lutou e morreu assassinada a mando de um latifundiário.
Margarida, nome de flor, mas também fibra de aço, mulher sertaneja, trabalhadora rural e líder sindical. Morreu na luta; mas de fome a classe dominante não a matou. Em sua homenagem é realizada todos os anos no mês de agosto a Marcha das Margaridas que reúne milhares de trabalhadoras rurais.

fonte: http://www.combonianosbne.org/node/888