BLOGGER TEMPLATES - TWITTER BACKGROUNDS »

terça-feira, 30 de junho de 2009

CETRAL: EM BUSCA DA AUTO-SUSTENTAÇÃO

¹Jhonny Santos

RESUMO

Procuramos, ao longo desse estudo, resgatar um pouco da história de formação do centro de educação e cultura do trabalhador rural do Maranhão – centru/ma. Com isso, trouxemos dois momentos bastante sintéticos, o primeiro faz alusão à luta pela organicidade dos trabalhadores rurais sem terra do Maranhão pela conquista da terra e num segundo momento, levanta-se os desafios organizacionais que o centru terá de enfrentar se realmente pretende viabilizar, econômico, social e ambientalmente esse espaço que mistura: cerrado, Amazônia e sonhos que é o CETRAL.

Palavras-chave: CENTRU/MA. CETRAL. Viabilidade. Organização.

Caixa de texto: ¹Graduado em Administração de Empresas pela Universidade Estadual do Maranhão


INTRODUÇÃO

A partir da missão do CENTRU/MA, “Contribuir na construção de um novo modelo de desenvolvimento, sustentável e solidário, através da EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO e ASSESSORIA TÉCNICA e JURÍDICA aos trabalhadores e trabalhadoras agroextrativistas, com ênfase em metodologias participativas, em relações eqüitativas de gênero, gerações e etnias, na participação ativa, crítica e propositiva na área das políticas públicas e na conservação da humanidade e seu meio ambiente”, é que o CETRAL foi pensado e adquirido como um bem de seus sócio-educadores.

Numa breve apresentação, procuraremos expor algumas dificuldades enfrentadas pelos seus idealizadores. Ressaltamos também a importância de um estudo de viabilidade econômica e ambiental para o CETRAL, porém, uma das dificuldades encontradas nesse processo foi reunir esses sócio-educadores dispersos tanto por quilômetros quanto por objetividade institucional.

Os sócio-educadores do CENTRU/MA localizam-se nos mais variados municípios da região sul e oeste. Dentre eles os que estão mais próximos da instituição são vistos numa variabilidade de dias ou meses.

A organização da sociedade civil se dá pela formação de organizações sociais – associações, sindicatos, cooperativas – que surgem, em um primeiro momento, para resistir aos processos de mudanças implementadas, caracterizadas por impacto ambiental, desestruturação da lógica produtiva tradicional e reordenação social. (VASCONCELLOS e SOBRINHO, 2007, p.14).

Discorremos no estudo que as tentativas de viabilizar econômica e ambientalmente o CETRAL são um esforço que vem com os técnicos e sócio-educadores que passaram pelo CENTRU-MA.

HISTÓRICO

Em uma assembléia no dia 9 de novembro de 1980 no município de Olinda no Pernambuco diversos trabalhadores (as) rurais fundam o que eles denominaram de CENTRU (Centro de Educação e Cultura do Maranhão). O grande objetivo do grupo era o processo de formação e capacitação dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, uma educação classista.

No início da construção do CENTRU no Maranhão, novembro de 1984, o cenário era de conflitos agrários entre grileiros e sem terras. Nesse processo o líder campesino, Manoel da Conceição, visualiza que, somente um processo de formação e educação-organizacional dos trabalhadores rurais poderia gerar o que ele chamava de auto-empoderamento da classe trabalhadora. Os eixos temáticos do processo educacional do CENTRU seguiam numa linha marxista-maoísta, influenciada pela visita de Manoel da Conceição à China, vejamos:

1. Movimento Sindical Combativo e numa permanente concepção de luta de classe;

2. Mobilização, organização e luta pela Terra;

3. Intervenções nos espaços institucionais (partidos, sindicatos, poderes públicos – municipal, estadual e federal).

Com a conquista da terra e a tomada dos sindicatos das “mãos dos pelegos”, o CENTRU parte para a organização da produção, novo gargalo que será enfrentado pelos sócio-dirigentes.

A partir dos anos 90, o CENTRU-MA se concentrou em viabilizar sua intervenção nas áreas da educação e assessoria, nos eixos prioritários:

1. Organização da produção agroextrativistas (multiplicação de GPB´s) – Produção Diversificada;

2. Criação das Cooperativas Agroextrativistas e da CCAMA (Central de Cooperativas Agroextrativistas do Maranhão);

3. Desenvolvimento Local Sustentável e Cadeia de Produção Agroextrativista (Produção Primária, Agroindústria e Comercialização Solidária);

4. Assessoria e Assistência Técnica as Organização dos Agricultores (as) Familiares (Famílias – Associações – Cooperativas – CCAMA – UNICAFES).

Como bem esclarece um dos sócio-educadores do CENTRU, podemos visualizar um pouco de como era o processo de formação e suas linhas temáticas,

(...) ai vem todo o estudo da questão de como é que acontece essa luta aí do patrão do empregado, a exploração que tem nessa questão, nessa relação de patrão e empregado e essa coisa e foi que ajudou muito a gente ver o cooperativismo como alternativa para os trabalhadores, me lembro dos estudos que a gente fazia naquele tempo onde fica claro assim, na época chamada de mais-valia, era mostrar o quanto que o trabalhador que é empregado produz na empresa seja ela qual for e a fração que é tirada para pagar o seu salário e o quanto ainda fica para o dono da empresa aumentar seus investimentos, seus lucros e crescer seu patrimônio cada dia essa foi uma coisa que sensibilizou os trabalhadores a criar as cooperativas. (Sr. MILTON, entrevista concedida em 14 de novembro de 2008).

As cooperativas são criadas a partir dos GPB´s (Grupos de Produção de Base), porém o processo não se concretizou como idealizado. Muitos dos trabalhadores que conquistaram a terra venderam-na.

Os 174 GPB´s, agora cooperativas, não conseguiram visualizar as propostas de cooperativismo agroextrativista ensinado pelo CENTRU. É nesse contexto de organização da produção e educação que surge, em 1996, o CETRAL.

Diante do exposto, o processo de luta dos trabalhadores rurais ligados diretamente ou indiretamente ao CENTRU nos remete à idéia de CENTRU como movimento social que,

(...) não apenas dependem e se baseiam em redes da vida cotidiana, mas também constroem e configuram novos vínculos interpessoais, interorganizacionais e político-culturais com outros movimentos, bem como com uma multiplicidade de atores e espaços culturais e institucionais. (ALVAREZ, DAGNINO e ESCOBAR, p.35).

Os descompassos e representações que o CENTRU-MA conseguiu produzir no consciente e por que não no subconsciente tanto dos trabalhadores quanto dos grileiros fez com que várias páginas já escritas pudessem ser redesenhadas, além de nos mostrar que o pensamento hegemônico nos acompanhou até pouco tempo e quiçá ainda por um pouco mais.

O CETRAL

Localizado no município de João Lisboa, oeste do Maranhão à margem da MA 122, no povoado Pé de Galinha, o Centro de Estudos do Trabalhador Rural – CETRAL – que antes não passava de uma área de 12 ha de capim, cultivado à base de muitos produtos agrotóxicos passa a ser o espaço de estudos do CENTRU-MA.

Para que os trabalhadores pudessem visualizar o cooperativismo agroextrativista, seria necessário que houvesse um modelo demonstrativo, o certo então seria, fazer do CETRAL, área agora do CENTRU-MA, o espaço demonstrativo que não causasse danos ao meio ambiente e que garantisse trabalho e renda dentro dos princípios agroextrativistas.

Como a área estava bastante degradada, desgastada e “envenenada”, preciso seria que se limpasse e restaurasse o espaço. Depois de muitas toneladas de adubos orgânicos, Manoel refloresta toda a área com uma diversidade de árvores e frutos do cerrado e Amazônia maranhense.

Hoje, com mais de 14 anos, o CETRAL é o espaço onde funciona a Escola Técnica Agroextrativista (ETA) chamada nos anos 90 de escola Padre Josimo Tavares, rigoroso defensor dos trabalhadores sem terras e que por isso acabou se tornando vitima dos grileiros nos tempos dos conflitos agrários intensos.

O CETRAL é hoje uma prova de que a terra não surgiu só para o capim, outras plantas e árvores também têm direito de nascer, essa diversidade é representada pelo açaí, jaca, cupuaçu, araçá-boi, taturuba, além de madeiras de lei como cedro, mogno, paricá, angico branco etc. O CETRAL também prova que, além do boi, existem outras diversas formas de vida que precisam se alimentar e dar continuidade ao ciclo de vida natural das espécies.

Contudo, nem tudo são flores, o CENTRU-MA ainda não conseguiu fazer com que, toda a riqueza do CETRAL possa continuar sendo contemplada, admirada e que gere capital suficiente para se auto-sustentar e ainda garanta uma renda extra para outras atividades do CENTRU-MA.

“Nesses últimos 20 anos, essa tem sido minha angústia”, segundo Manoel.

Diante do exposto alguns questionamentos são imprescindíveis:

O que significa desenvolvimento?

O que significa sustentabilidade?

É possível construir uma alternativa de trabalho e geração de renda sem causar danos ao meio ambiente. Se sim, porque tem sido tão difícil para o CENTRU-MA vencer esse desafio?

Será possível construir um estudo de viabilidade sócio-econômica e ambiental para o CETRAL, diante dos estudos e tentativas realizadas?

Sendo assim, a saga continua... está lançado o desafio, fazer do CETRAL uma área modelo gerando renda, com formação e educação como um halo do agroextrativismo.

Costa (1995), ao analisar o segmento agroextrativista e suas formas de apresentação e reapresentação na sociedade amazônica, conclui que “o agroextrativismo é extremamente importante para a maioria dos municípios localizados na região, sobretudo se considerado o número de pessoas envolvidas nas atividades agrícolas, pecuária e extrativista”.

Ainda este ano o CETRAL funcionou como escola a partir de um projeto financiado pela Petrobrás. Com mais de 100 alunos, a escola funcionou de forma modular com quatro turmas, sendo que ao final, ficaram três. Nesse período, observamos que:

· A escola formou e informou os alunos quanto à produção de doces, geléias e licores;

· A escola também fomentou a agroecologia, com cultivo de hortaliças;

· O associativismo e cooperativismo também obtiveram espaço na escola;

· A economia solidária, a arte campesina, a gestão da unidade familiar.

· Ao final do terceiro e último modulo, foi realizada uma prática de comercialização com o que foi produzido na escola. Nas três turmas foram comercializados, na feira do município de João Lisboa, pelos próprios alunos, sob orientação dos facilitadores, licores, geléias, hortaliças e doces.

Percebemos uma boa aceitação do produto e que ao longo das três visitas à feira, houve um gradativo aumento nas vendas.

Com isso ratificamos o que coloca Costa (xxxx, p. 2) “para vender a produção em coletivo, a associação ou a cooperativa precisa ter uma idéia do montante de sua produção em conjunto. Ninguém consegue vender uma mercadoria sem saber a quantidade que pode comprometer com o comprador”.

O ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA E AMBIENTAL

Segundo Kraychete (1997), o estudo de viabilidade é a análise detalhada, que tem dois objetivos básicos:

  • Identificar e fortalecer as condições necessárias para o nosso projeto dar certo e
  • Identificar e tentar neutralizar os fatores que podem dificultar as possibilidades de êxito do nosso projeto.

Seguindo esses passos, encontramos algumas potencialidades, primeiro a estrutura que o CETRAL possui já nos garante condições reais de se começar o processo de produção. Outra potencialidade é o público, o CENTRU-MA trabalha com 10 municípios da região sul e oeste, 100 alunos participaram do processo educacional oferecido pela Escola Técnica Agroextrativista.

No quesito dificuldades, identificamos alguns vícios estabelecidos entre o CENTRU-MA e os alunos. Identificamos que, a escola não exige uma contrapartida do aluno. Transporte, hospedagem, alimentação, matéria-prima para produção e outras despesas e custos são de total responsabilidade da instituição financiadora. Caso não haja este financiamento completo a escola para todas as suas atividades e o CETRAL é novamente esquecido ou abandonado.

Definir uma quantidade x de alunos que estariam diretamente ligados ao processo de aprendizagem envolvendo educação e produção para que juntos construíssem essa autosustentabilidade do CETRAL.

Com um público formado, poderíamos dar inicio a um estudo de viabilidade econômica, ambiental e educacional voltado para as especificidades da região e do CETRAL. Fomentar um cooperativismo nos princípios de uma economia solidária que resgate e caracterize a cultura local.

Talvez, a maior dificuldade que o CENTRU-MA vem enfrentando no processo de viabilizar econômica e ambientalmente o CETRAL seja a compreensão de alguns sócio-educadores e assessores da importância que esse estudo tem rumo à realização dos objetivos e missão do CENTRU-MA.

QUADROS DO ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA DO CETRAL

O processo de discussão sobre a viabilidade econômica, social e ambiental do CETRAL levanta-se diante de dois desafios: um teórico-científico e outro prático. O que se segue, não representa o novo, muito menos uma verdade absoluta, os estudos e levantamentos realizados durante esse trabalho é fruto de uma perseverança que não se resume apenas nesse trabalho.

O que propomos e demonstramos é a possibilidade de se repensar, através da “critica e autocrítica” que se faz necessário dentro de qualquer “processo revolucionário” como reclama Manoel Conceição e, porque não acrescermos desenvolvimento organizacional do CETRAL enquanto espaço educativo e de demonstrativo agroextrativista.

O trabalho aqui, explanado, nos remete a darmos continuidade na discussão da sustentação da escola e de um número significativo de alunos que se auto-sustentariam no período escolar.

1. INVESTIMENTO

Itens

Quantidade

Valor Unitário

Valor Total

Tacho esmaltado

3

R$ 43,50

R$ 130,50

Fogão industrial 3 bocas

1

R$ 699,60

R$ 699,60

Vasilha plástica c/ medida

2

R$ 2,20

R$ 4,40

Colher de madeira

3

R$ 4,50

R$ 13,50

Bandeja plástica

4

R$ 12,50

R$ 50,00

Garfo bi dente pequeno

6

R$ 3,80

R$ 22,80

Concha alumínio nº. 10

2

R$ 11,50

R$ 23,00

Peneira arame

2

R$ 9,20

R$ 18,40

Congelador 385l

1

R$ 1.532,70

R$ 1.532,70

Flanela

4

R$ 1,00

R$ 4,00

Avental

21

R$ 2,97

R$ 62,37

Luva (par)

21

R$ 4,50

R$ 94,50

Toucas

21

R$ 1,00

R$ 21,00

Liquidificador ind.

1

R$ 583,70

R$ 583,70

Mesa de inox

1

R$ 1.200,00

R$ 1.200,00

Balança eletrônica

1

R$ 770,00

R$ 770,00

Espátula

2

R$ 15,00

R$ 30,00

R$ -

SUBTOTAL

R$ 5.260,47

Outros

10%

R$ 526,05

TOTAL

R$ 5.786,52

2. DEPRECIAÇÃO

Itens

Quantidade

Valor Unitário

Vida Útil

Valor Residual

Depreciação Anual

Depreciação Mensal

Tacho esmaltado

3

R$ 43,50

5

R$ 10,00

R$ 20,10

R$ 1,68

Fogão industrial 3 bocas

1

R$ 699,60

5

R$ 100,00

R$ 119,92

R$ 9,99

Vasilha plástica c/ medida

2

R$ 2,20

1

R$ 4,40

R$ 0,37

Colher de madeira

3

R 4,50

2

R$ 6,75

R$ 0,56

Bandeja plástica

4

R$ 12,50

1

R$ 50,00

R$ 4,17

Garfo bi dente pequeno

6

R$ 3,80

2

R$ 11,40

R$ 0,95

Concha alumínio nº. 10

2

R$ 11,50

5

R$ 1,00

R$ 4,20

R$ 0,35

Peneira arame

2

R$ 9,20

2

R$ 1,00

R$ 8,20

R$ 0,68

Congelador 385l

1

R$ 1.532,70

10

R$ 500,00

R$ 103,27

R$ 8,61

Flanela

4

R$ 1,00

1

R$ 4,00

R$ 0,33

Avental

21

R$ 2,97

1

R$ 62,37

R$ 5,20

Luva (par)

21

R$ 4,50

0

Toucas

21

R$ 1,00

0

Liquidificador ind.

1

R$ 583,70

10

R$ 100,00

R$ 48,37

R$ 4,03

Mesa de inox

1

R$ 1.200,00

20

R$ 500,00

R$ 35,00

R$ 2,92

Balança eletrônica

1

R$ 770,00

10

R$ 200,00

R$ 57,00

R$ 4,75

Espátula

2

R$ 15,00

R$ 1,00

Total

R$ 534,98

R$ 44,58

3. CUSTO FIXO

Itens

Valor

Depreciação mensal

R$ 44,58

Telefone

R$ 200,00

Água

R$ 300,00

Energia

R$ 400,00

Salários

R$ 4.000,00

Manutenção

R$ 50,00

Depreciação Mensal

R$ 44,58

TOTAL

R$ 4994,58

4. CUSTO VARIÁVEL

4.1 Custo Variável (geléia de juçara)

Item

Quant. Unid.

Preço Unit.

Total

Açúcar

2 kg

R$ 1,75

R$ 3,5

Polpa de juçara

3 kg

R$ 6,00

R$ 18,00

Embalagem

7 und.

R$ 0,14

R$ 0,98

Gás

0,07 m3

R$ 2,69

R$ 0,19

Subtotal R$ 22,67

Perdas

10%

Total R$ 24,94

Custo total da produção R$ 24,94

Quantidade produzida de doce 3,150 kg

4.1.1 Custo proporcional ao preço

Item

Preço

Preço de venda

R$ 5,00

Comissão de venda

5%

Preço líquido de venda

R$ 4,75

4.2 Custo Variável (licor de cupuaçu)

Item

Quant. Unid.

Preço Unit.

Total

Cachaça maranhense

2 litros

R$ 2,70

R$ 2,70

Açúcar

3 kg

R$ 1,75

R$ 5,25

Embalagem

10 unidade

R$ 0,25

R$ 2,50

Rolha

10 unidade

R$ 0,10

R$ 1,00

Suco de cupuaçu

2 litros

R$ 6,00

R$ 6,00

Subtotal R$ 17,45

Perdas

10%

Total R$ 19,20

Custo total da produção R$ 19,20

Quantidade produzida de licor 10 litros

4.2.1 Custo proporcional ao preço

Item

Preço

Preço de venda

R$ 15,00

Comissão de venda

5%

Preço líquido de venda

R$ 14,25

5. RESULTADOS

Produtos

Quantidade Produzida

Preço Liquido de venda

Receita do Produto

Custo Variável Unitário

Custo da Produção

Margem de Contribuição Total

Quantidade no P.E.

Geléia de açaí

880

R$ 4,75

R$. 180,00

R$ 3,56

R$ 3.134,72

R$ 1.045,28

521

Licor

600

R$ 14,25

R$. 550,00

R$ 1,92

R$ 1.151,70

R$ 7.398,30

355

Total

R$ 2.730,00

R$ 4286,42

R$ 8.443,58

Receita Total =

R$ 12.730,00

Custo Total =

R$ 9.281,01

Custo Fixo =

R$ 4.994,58

Custo Variável =

R$ 4.286,42

Saldo =

R$ 3.448,99

ANÁLISE DOS RESULTADOS

Diante do exposto, podemos afirmar que o CETRAL tem reais condições de autosustentar. O que apresentamos não foi um modelo definido e acabado, o que queremos propor é que haja uma maior preocupação por parte dos sócio-educadores do CENTRU-MA com as potencialidades do CETRAL.

Acreditamos que outros produtos podem ser desenvolvidos no CETRAL através dos próprios alunos. Estes alunos poderão estar convivendo com a teoria na escola e começar a praticar também na própria escola. Ao voltar para casa, esses alunos desenvolveriam, junto à associação, ou cooperativa e/ou à unidade familiar as trocas de conhecimentos realizadas na escola.

REFERÊNCIAS

ALVAREZ, Sonia; DAGNINO Evelina; ESCOBAR Arturo (org.). Cultura e política nos movimentos sociais latino-americanos. Belo Horizonte: ed. UFMG, 2000.

CONCEIÇÃO, Manoel Santos. Dirigente-educador do CENTRU-MA. Entrevista ao autor, 8 de novembro de 2008.

COSTA, José Marcelino Monteiro da. Amazônia, desenvolvimento sustentável e sustentabilidade de recursos naturais. Belém: UFPA/NUMA, 1995.

COSTA, Ricardo. Comercialização e transformação dos produtos da agricultura familiar: alguns pontos a discutir. Rio de Janeiro: CAPINA, xxxx.

GOMES, Milton de Sousa. Dirigente-educador do CENTRU-MA. Entrevista ao autor, 14 de novembro de 2008.

KRAYCHETE, Gabriel. Como fazer um estudo de viabilidade econômica. Exposição realizada no primeiro dia da Consulta Economia Popular: Viabilidade e Alternativas, promovida pela CESE-CEADe, Salvador, junho/1997.

I Encontro de Dirigentes Educadores do CENTRU/MA. João Lisboa/MA: CETRAL, 16 e 17 de fevereiro de 2006.

Seminário de sócio-educadores do CENTRU-MA. Imperatriz/MA: CENTRU/MA, 05 a 07 de janeiro de 2007.

VASCONCELLOS, Ana Maria de Albuquerque; SOBRINHO, Mário Vasconcellos. Alternativas de desenvolvimento e o modelo de sustentabilidade: um estudo de caso das organizações locais de Barcarena e Igarapé-Miri. Belém: UNAMA/FIDESA, 2006.

Viabilidade econômica e gestão democrática de empreendimentos associativos. UCSAL/CAPINA, 2008.